MEC aborda  ensino digital em evento de educação

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO • 03 de julho de 2023

Fonte da Notícia: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Data da Publicação original: 30/06/2023
Publicado Originalmente em: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2023/junho/mec-aborda-ensino-digitalem-evento-de-educacao

Imagem: Ministério da Educação

A secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Helena Sampaio, participou, nesta sexta-feira, 30 de junho, do IV Encontro MetaRed Brasil, na Universidade Santa Cecilia (Unisanta), em Santos (SP). Ela participou da “Mesa de Diálogo: Ensino Superior digital: Qualidade e Regulação”.

O evento foi promovido peloInstituto Semesp,Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior,e pela MetaRed Brasil, organização de universidades públicas e privadas brasileiras, criada para servir como ponto de encontro para debater e refletir sobre o uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação).   

A secretária destacou oMetaRed como um evento fundamental sobre as profundas transformações promovidas pelas TICs, em todas as dimensões da educação: pedagógica, acadêmica, administrativa. “Este é um debate inescapável já que não é mais possível pensar na educação dissociada da tecnologia”, disse.

Namesa “Ensino superior digital: qualidade e regulação”, a secretária falou sobre a mudança de uma educação superior, que era tradicionalmente realizada de forma presencial, para uma educação ofertada predominantemente na modalidade a distância. Também levantou pontos problemáticos relativos ao uso impreciso daexpressão“modalidadeEaD, a qual émuitas vezes  empregadapara se referir aouso de metodologias queincorporamtecnologias da informação e comunicação.Segundo ela, “aqui misturamos a modalidade às metodologias empregadas. Ou seja, reduzimos à educação a distancia ferramentas e práticas que são parte integrante também da modalidade presencial”, afirmou.

“Não há como discutir as transformações tecnológicas na educação superior brasileira sem atentarmos para as recentes transformações que são um ponto de inflexão na forma de oferta do ensino. O crescimento da modalidade a distância se acentuou a partir da instituição donovo marco regulatório, em 2017,com o Decreto nº 9.057/2017 e a Portaria Normativa MEC nº21/2017. A pandemia acelerou ainda mais esta tendência de fortalecimento da modalidade EaD

Helena Sampaio, secretária de Regulação e Supervisão do MEC

Números –com base em dados divulgados pelo Inep,Helena Sampaio informou, em sua fala, que, em 2020, o número de ingressantes na modalidade EaD superou o número de ingressantes nos cursos presenciais, pela primeira vez na educação superior brasileira. “Em 2021, o número de ingressantes na modalidade EaD chegou a 63% do total”, afirmou.

A Secretária destacou também quehoje o ensino EAD é a principal modalidade do setor privado, representando 51% das matrículas privadas (são mais de 3,5 milhões de matrículas).

Faixa etária -sobre a distribuição dos ingressantes na graduação, por faixa etária, ela apresentou gráficosque mostram que nos cursos presenciais, 62% dos ingressantes, em 2021, tinham até 24 anos, já na modalidade EaD, esse percentual era de 29,5%, com uma distribuição muito significativa de ingressantes entre de 35 a 39 anos (14%) e   40 a 49 anos (15%).

Os estudantes dos cursos na modalidade EaD tendem a ser mais velhos do que os do ensino presencial e, consequentemente, este é um aspecto distintivo entre as modalidades. Pensar o ensino digital na educação superior, supõe também levar em consideração que a incorporação da tecnologia exige o uso de metodologias adequadas para públicos distintos. Este é o papel das instituições e professores: pensar o potencial do uso das ferramentas de tecnologia de forma a contemplar as especificidades e as necessidades dos estudantes. A qualidade do ensino digital implica necessariamente ter em perspectiva qual público as instituições estão formando”, explicou. 

MetaRed Brasil– AMetaRed nasceu pela proposta de algumas universidades brasileiras e com o apoio da Universia, com base em experiências semelhantes em outros países comoEspanha (Crue-Tic), México (AnuiesTic), e baseia-se na preocupação e conscientização das universidades sobre o papel que as tecnologias desempenham em suas instituições.


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