WHOW • 16 de fevereiro de 2021
Fonte da Notícia: WHOW
Data da Publicação original: 12/02/2021
Publicado Originalmente em: https://www.whow.com.br/transformacao-digital/instituicoes-oferecem-bolsas-gratuitas-para-mulheres-estudarem-programacao/
Embora quase metade da força de trabalho global seja composta por mulheres, 54% das demissões durante a pandemia são femininas, aponta o estudo Women in the Workplace, da McKinsey. Em paralelo, as mulheres representavam apenas 20% dos profissionais da área de tecnologia em 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dois relatórios apontam para um cenário nebuloso para mulheres que trabalham ou desejam atuar com TI, Programação e áreas correlatas.
Com o objetivo de garantir mais diversidade no mercado brasileiro de tecnologia, o movimento PrograMaria e a organização Laboratória estão com processos abertos para a formação exclusiva de mulheres nas áreas de programação e ciências da computação, com bolsas 100% gratuitas ou preços sociais.
O movimento PrograMaria existe para educar e inspirar mulheres que queiram entrar no universo da programação em um ambiente empático, acolhedor e livre de preconceitos, enquanto tenta reduzir a falta de mulheres programadoras, engenheiras e cientistas no mercado de trabalho.
Recentemente, o projeto abriu a quinta turma do curso online Eu ProgrAmo, voltado para meninas e mulheres que queiram iniciar os estudos através de uma didática desenvolvida exclusivamente para o público feminino. O curso é dividido em seis módulos online e tem tempo total de duração de quatro semanas. O conteúdo envolve HTML, CSS, JavaScript e lógica de programação e não é preciso conhecimento prévio para participar.
Em parceria com a startup unicórnio brasileira de games Wildlife Studios, foram disponibilizadas 500 bolsas integrais para alunas que não têm condições de arcar com o valor integral do curso, que varia de R$ 74,90 a R$ 149,90 ― a própria aluna decide o quanto é capaz de pagar.
As matrículas encerram no dia 21 de fevereiro e as aulas seguem até o dia 21 de março. Para concorrer à gratuidade oferecida pela Wildlife Studios, é preciso passar pelo processo seletivo disponível no site do projeto.
O instituto Laboratória surgiu para fomentar uma economia digital de maior diversidade e igualdade em países da América Latina, oferecendo bootcamps de programação exclusivos para mulheres.
Quase duas mil estudantes já passaram pelos programas da Laboratória em países como Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, e cerca de 80% conseguiram empregos na área após as formações, segundo a entidade, uma vez que todas as formandas recebem encaminhamento para o mercado de trabalho após o final do curso.
Empresas como Bradesco, Loggi, Accenture e IBM já passaram pelo Laboratória, seja para capacitar as suas colaboradoras ou para contratar talentos femininos em áreas de tecnologia.
As inscrições para uma nova rodada do bootcamp estão abertas para ex-alunas de escola pública ou ex-bolsistas de escolas privadas, com início previsto para o mês de maio de 2021. As aulas são 100% digitais, mas é preciso ter disponibilidade para assisti-las diariamente no período da tarde, durante todo um semestre.
O curso aborda conteúdos sobre front-end com habilitação em JavaScript, HTML, CSS, UX e outras linguagens.
A participação no bootcamp do Laboratória é gratuita, mas caso as participantes consigam um emprego no hackathon exclusivo de término do programa, deverão devolver um percentual de 15% do salário por até dois anos.
