WHOW • 03 de fevereiro de 2021
Fonte da Notícia: WHOW
Data da Publicação original: 03/02/2021
Publicado Originalmente em: https://www.whow.com.br/startups/startup-unicornio-israelense-quer-otimizar-a-sua-operacao-no-brasil-visando-expansao-global-e-o-futuro-do-trabalho/
Com o animo das empresas brasileiras gradativamente mudando para um aspecto mais positivo com relação ao que foi 2020, novos projetos, produtos, serviços, investimentos e parcerias já estão no horizonte presente de grandes empresas.
No entanto, problemas rotineiros dentro dos grupos de trabalho, como a falta de colaboração entre departamentos, times descentralizados, dificuldade de alinhamento interno também foram potencializados com os afastamento social, como aponta Brunno Santos, diretor de canais na Monday.com.
E para ajudar neste “dor” do mundo empresarial e desenvolver um hub de trabalho a startup unicórnio israelense, segunda mais valiosa dentre as fundadas em Israel, de acordo com a plataforma Techaviv, foca na gestão de projetos através da sua plataforma de gerenciamento de tarefas que possibilita ainda a criação de aplicativos de workflow. “Gerenciamento com planilhas, emails e reuniões em excesso e o uso de ferramentas rígidas e descentralizadas cria silos e falta de colaboração”, pontua o executivo que também teve passagens pela Cisco, Dell e Facebook.
A startup unicórnio israelense desenvolve a sua tecnologia com o ideal de que os colaboradores possam tomar decisões baseadas em dados, com uma visão analítica do cenário. O trabalho também pode ser incrementado com as diferentes integrações possíveis, com ferramentas como Google Workspace, Microsoft Teams e Salesforce. “Queremos ser uma plataforma única e centraliza, onde estão todos os fluxos de trabalho e que permite a atuação em equipe, quebrando ciclos organizacionais. E mitigar os erros humanos no gerenciamento humano de status”, completa Brunno.
No quesito proteção de dados da empresas, o executivo comenta que a startup está de acordo com o compliance do mercado.
Disponível na versão em português desde de 2019, agora a Monday.com quer otimizar a sua operação no Brasil, visando a expansão global da empresa que já está presente fisicamente em outros três países (Estados Unidos, Inglaterra e Austrália).
Por aqui, a startup diz que o país é o 10º principal na operação da empresa, tendo 3.800 companhias usuárias das suas ferramentas. Além disso, a operação local da Monday.com acontece por sete parceiros (Aktienow, Alest, Sinergis, TOPi, 1TKS, RW3 e Loupen) que ajudam na expansão das suas funcionalidades para grandes empresas. Ainda não há um escritório no país, pois, segundo o diretor de canais “o cenário de pandemia não é propício”.
Porém, ele ressalta que o rápido crescimento de usuários no país foi determinante para a investida mais próxima da startup unicórnio israelense no Brasil. Entre as prioridades por aqui, em 2021, estão estruturar o ecossistema de parceiros e otimizar a nacionalização da plataforma às demandas do mercado brasileiro.
Para o executivo o futuro do trabalho terá três pilares: será colaborativo, automatizado e baseado em analytics. “Muitos colaboradores começaram o trabalho em casa pela primeira vez em março de 2020. Quase 40% das empresas no Brasil engajaram mais na plataforma para o fluxo de trabalho, para otimizar as tarefas operacionais”, comenta.
A customização dos produtos às necessidades dos consumidores e clientes está nos próximos passos da Monday.com. A partir deste mês, a empresa terá o terceiro Monday Apps Contest para desenvolvedores independentes criarem aplicativos em sua plataforma.
Criada com o nome daPulse em 2012 por Eran Zinman e Roy Mann (ex-CTO da wix.com) e transformada em Monday.com dois anos depois, a startup chegou ao seleto grupo de empresas da nova economia com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão em 2019. E hoje ela é avaliada em US$ 2,7 bilhões e já recebeu US$ 234.1 milhões em investimentos.
De acordo com a empresa, atualmente ela atende globalmente 115.000 companhias, como Uber, Walmart e Visa, em 11 línguas diferentes. E também reporta que cresceu 103% em 2020 em comparação com 2019.
Questionado se estaria nos planos da Monday.com ser adquirida por uma empresa maior, como aconteceu em dezembro de 2020 com a venda do Slack para a Salesforce em acordo de US$ 27,7 bilhões, o diretor de canais diz que “não existe nenhum plano. Ela continua uma empresa privada e temos uma demanda latente para suportar as empresas a gerenciarem os seus fluxos de trabalho.”