O GLOBO • 01 de fevereiro de 2021
Fonte da Notícia: O GLOBO
Data da Publicação original: 30/01/2021
Publicado Originalmente em: https://www.semesp.org.br/wp-content/uploads/2021/02/globo-hibrido.pdf
O modelo tradicional de educação está com os dias contados. Sobretudo nas universidades. É o que aponta Gilberto Silva, di-retor académico corpora-tivoda Ilumino, mantenedora da Universidade Veiga de Almeida (UVA). De acordo com o especialista no setor, o ensino superior presencial se estagnou nos últimos anos com curva de queda, enquanto o Ensino à Distância (EAD) não para de crescer. A pandemia de Covid-19 potencializou ainda mais o que já era uma evidente tendência.
Diante deste cenário, até cursos até então inimagináveis no formato híbrido, como os da área de saúde e engenharia, ganharam versões que mesclam a presença física dos alunos nos laboratório com os estudos virtuais. A UVA está apostando todas a suas fichas neste formato semipresencial. Para Silva, é preciso atender à demanda pela flexibilidade nos modelos de educação.
— Os cursos semipresenciais aliam o presencial, que é a parte prática, feita nos laboratórios, e o virtual, em que o aluno não precisa estar ao vivo diante de um professor. Este termo semipresencial não existe para o Ministério da Educação (MEC), então a forma que encontramos para viabilizar este tipo de ensino é oferecendo o curso presencial com uma carga à distância de 30% e vice-versa - diz.
— O que estamos trazendo de inovação neste ano de 2021 é lançar um ensino semipresencial diferenciado, com uma interação muito maior, com os alunos sendo provocados a desenvolverem atividades semanais e também com disciplinas novas.
O especialista em educação acredita no fim do ensino superior exclusivamente presencial. — Cada vez mais, o aluno vai migrar para o modelo semipresencial. Desde 2019, já se vinha discutindo o formato híbrido, inclusive para cursos como Educação Física, Fisioterapia e Engenharia Civil, Elétrica... Mas havia os que não concordavam que o semipresencial seria possível para todos. O tempo provou o contrário — observa. A expectativa da UVA é uma plena aceitação desta nova forma de obter conhecimento.
—A pandemia mostrou uma nova realidade, acelerou um processo que já estava em andamento. Logisticamente, para todo mundo, é cada vez mais complicado cumprir 100% da carga horária no presencial. A ideia é que o aluno só esteja no campus universitário para fazer trabalhos que exijam integração, desenvolver pro-jetos e ter aulas práticas nos laboratórios. Cada vez mais, o professor fará o papel de consultor, já que todo estudante tem acesso à informação na palma das mãos, inclusive a conteúdos de universidades estrangeiras - diz.
Ao falar de laboratórios, ele conta que a UVA investiu no aprendizado prático: —Criamos laboratórios móveis, multiuso, adaptáveis aos mais diversos cursos. Ao longo de um dia, passou a ser possível ter aulas de várias disciplinas num mesmo espaço.